Introdução: Doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade agravam riscos no ciclo
gravídico-puerperal, exigindo assistência especializada. Apesar de esforços governamentais,
persistem dificuldades na assistência integral. Enfermeiros, em contato direto com gestantes, têm
papel crucial na detecção precoce e na promoção de práticas saudáveis, sendo necessária a adoção de
cuidados humanizados para melhores desfechos perinatais. Objetivos: Descrever a atuação da
enfermagem na supervisão de gestantes portadoras de doenças crônicas, enfatizando estratégias de
cuidado na promoção da saúde e prevenção de intercorrências no ciclo gravídico-puerperal. Método:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, elaborada a partir de estudos disponíveis nas bases
BVS, SciELO e documentos oficiais do Ministério da Saúde. Foram utilizados os descritores:
Gravidez de alto risco, Doença crônica, Saúde da mulher, Humanização da assistência e Enfermagem,
nos idiomas português e espanhol. Foram incluídos artigos publicados entre 2014 e 2025 que
abordassem a atuação da enfermagem no cuidado a gestantes com doenças crônicas. A pesquisa foi
realizada em abril de 2025. O estudo buscou responder à questão “Quais as ações do enfermeiro na
assistência à puérperas portadoras de doenças crônicas”, abordando variáveis como práticas de
cuidado utilizadas pelos enfermeiros, frequência do acompanhamento pré-natal especializado,
estratégias de humanização implementadas e resultados materno-fetais observados. Resultados:
Foram analisados oito documentos que evidenciam a importância da enfermagem no cuidado integral
à gestante portadora de doenças crônicas. Com isso, a escuta qualificada, o estímulo ao autocuidado
e o atendimento humanizado se destacam como estratégias fundamentais adotadas pela equipe de
enfermagem para favorecer o protagonismo da mulher no autocuidado. Outrossim, a
interdisciplinaridade do trabalho e a orientação contínua sobre educação em saúde, alimentação
saudável, controle glicêmico e pressão arterial foram apontados como principais pilares na assistência
de enfermagem. Entretanto, as literaturas selecionadas também reforçam a dificuldade de acesso à
assistência qualificada, a baixa adesão ao acompanhamento e a carência de abordagens equitativas
como os principais desafios identificados durante a construção do presente estudo, o que evidencia a
necessidade de estratégias mais eficazes e inclusivas no cuidado a esse grupo. Conclusão: Logo,
conclui-se que a enfermagem desempenha papel fundamental no acompanhamento da saúde materno-
infantil promovendo a prevenção de intercorrências de doenças crônicas no período gravídico-
puerperal. Mesmo diante de desafios como o acesso limitado e abaixa continuidade do cuidado, a
abordagem integral e o trabalho interdisciplinar reforçam a importância de um atendimento
qualificado para melhores resultados materno-fetais.
Palavras-chave: Doenças Crônicas. Enfermagem. Saúde da Mulher. Gestação de Alto Risco.
Cuidado Humanizado.
Comissão Organizadora
Jonathan Wedson da Silva
Vanessa Rayane
Vitor Silva Maia
Comissão Científica
Fernanda Claudia Miranda Amorim